O menino e seu avô

O mundo é somente uma sombra do que já foi.

Após as bombas caírem veio a desordem. Depois a escuridão, a fome, a migração e, finalmente, a quase completa solidão. O menino e seu avô estavam na estrada havia muito tempo quando acharam a grande casa com um armazém perto da praia. Ali, as coisas pareciam paradas no tempo. Em um tempo melhor do que os últimos anos.

Apesar de todas as dificuldades, o menino crescia, como se mostrasse que a vida não poderia ser detida. O avô se orgulhava de sua grande inteligência. Se não fosse por ele, as coisas poderiam estar bem piores. Se não fosse por ele, depois de tudo o que aconteceu, o avô não veria sentido em continuar vivendo.

Pouco tempo após se acomodarem, o menino entra no armazém e volta com peças desconexas de alguma coisa, dizendo que vai conseguir fazer aquilo funcionar. O avô acredita que isso é uma perda de tempo, mas não o impede de fazer o que quer. Sabe-se lá quando ele terá algo para se ocupar assim novamente.

Os dias passam e a sensação de solidão é grande. Faz meses que eles se encontraram com as duas garotas que iam em outra direção. O avô esta perdido em seus pensamentos mais uma vez. Como chegamos aquele ponto? Realmente fomos capazes de nos destruir? O pior da humanidade foi se revelando aos poucos e agora, quase não há humanidade para que mais nada seja mostrado…

Um acorde toca.

O avô dá um salto. Seria possível? Há quanto tempo uma canção não é ouvida nesse mundo? Ele corre até o armazém e observa o menino vidrado, olhando o toca disco girar e a música sair da agulha para as caixas de som, com um sorriso muito grande no rosto.

Ele cogita em perguntar para o menino como ele fez isso, mas decide que não. Aprecia a música e volta a pensar. Como fizemos isso? Realmente fomos capazes de fazer essa maravilha? O melhor da humanidade pode se revelar em pequenos gestos e aos poucos, como em um simples acorde tocado em uma guitarra. O tempo passa, as músicas se sucedem e a sensação de alegria é grande.

O mundo pode ser somente uma sombra do que já foi. Mas para o menino e seu avo, um raio de sol começa a despontar.

disc


Palavrinhas sobre uma paixão…

Sobre a indústria do cinema:

O cinema é uma cultura democrática, mas, tem dois tipos de público distintos:

O que só assiste aos filmes.
E o que ama assistir aos filmes.

Pois, quem realmente ama cinema assiste sem preconceitos a todos os filmes possíveis, independente da língua e às vezes até da qualidade do filme. Aprende nomes dos atores, diretores, roteiristas, produtoras, se emociona com as trilhas sonoras. No cinema atual é comum sermos atraídos por Blockbusters cheios de efeitos visuais, sononos e digitais de alta resolução. Eu não tenho nada contra isso, pois eu também amo assistir a esses filmes, e são eles que sustentam essa industria. Contudo, de vez em quando, o que me incomoda é a ausência dos grandes diretores em novos projetos: Francis Ford Coppola, George Lucas, Steven Spielberg, Martin Scorsese. Não que a leva dos diretores atuais sejam ruins, vide Christopher Nolan e Darren Aronofsky, mas, os anteriormente citados são feras e já são consolidados.

Sobre os atores, Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Johnny Deep estão em quase todos os filmes atuais, com muito mérito também, mas seria bom vermos Al Pacino, Dustin Hoffman e Robert De Niro também envolvidos em grandes filmes e com personagens que nos mostrassem o talento que sabemos que eles não perderam.


Ergua os olhos, Hannah!

Na semana do Oscar e em tempos de revolução, um grande discurso de uma pessoa que sabia muito mais do que eu sei. Então faço das palavras dele, as minhas:

Esperança… Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar a todos se possível: os judeus, os gentios… os negros… os brancos. Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim.

Desejamos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A Terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. 

A cobiça envenenou a alma dos homens… Levantou no mundo as muralhas do ódio… E tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os massacres. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, duros e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será violênta e estará perdida.

            A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem… Um apelo à fraternidade universal, à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora… Milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas… Vítimas de um sistema que tortura seres humanos e prende inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo.

E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutos… que vos desprezam… que vos escravizam… que regulam as suas vidas… que ditam os seus atos, as suas idéias e os seus sentimentos! Que os fazem marchar no mesmo passo, que os submetem a uma alimentação regrada, que os tratam como gado humano e que os utilizam como bucha de canhão! Vocês não são máquinas! Vocês são homens! E com o amor da humanidade em suas almas! Não odeiem! Só odeiam os que não se fazem amar… os que não se fazem amar e os inumanos!

Soldados! Não batalhem pela escravidão! Lutam pela liberdade!

No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem. Não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens! Está em vocês! Vocês, o povo, tem o poder, o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vocês, o povo, tem o poder de tornar esta vida livre e bela. De fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto, em nome da democracia, usemos esse poder, nos unindo. Lutemos por um mundo novo. Um mundo bom que a todos assegure a vontade de trabalhar, que dê futuro aos jovens e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores libertam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à intolerância. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à nossa felicidade.

Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

Hannah, está me ouvindo? Onde você estiver, levanta os olhos! Vê, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo das trevas para a luz! Vamos entrando num mundo novo, um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergua os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergua os olhos, Hannah! Ergua os olhos!

De Charles Chaplin, em o Grande Ditador.


Nightmare in a Motel Room…

Ele acorda.

 

Respiração ofegante, ele olha para todos os lados e se dá conta que não está em sua casa. Vai se lembrando da noite anterior e começa a se acalmar. Que noite mais idiota para se ter um pesadelo, ele pensa, ainda um pouco assustado. Justo hoje!

Recordando da noite anterior ele dá um sorriso e olha para o lado. Lá está ela, o prêmio da noite anterior, a garota tão desejada por ele desde o colegial, linda, nua, dormindo ao seu lado. Quem diria que há dez anos atrás isso aconteceria? Ele, o “patinho feio” da sala com uma das meninas mais populares da escola! Benditas redes sociais, bendita maturidade, benditas baladas que fizeram a timidez ir embora, bendita academia!

 

Mas, justo hoje sonhar com aquilo! Puta pesadelo besta de infância que voltou agora… e por que pensar nele de novo? O medo volta e as sombras na parede parecem as coisas mais ameaçadoras do mundo. Vamos, cara, se acalma! Foi só um sonho! Só um sonho! Só um son – ele quase cai da cama com um pulo, ao seu lado ela havia calmamente se mexido e o assustado. Ele a observa mais um pouco para ver se ela acorda com o seu quase salto, mas ela ainda dorme, dorme como um anjo.

 

Tudo bem cara, deita a cabeça no travesseiro e relaxa, relaxa que já passa o medo… Ele volta a pensar na noite de ontem, como foi cuidadosamente planejada durante meses, anos, talvez… Como foi aos poucos conversando e brincando pela Internet, como às vezes a puxava para o lado em reuniões de turma, como ele finalmente percebeu a hora que ele poderia chama-lá para sair e ela aceitaria… E como foi maravilhosa toda a noite, primeiro o cinema, depois o jantar e finalmente o motel… Uma das melhores e mais aguardadas transas da sua vida.

 

Ele olha para a mesinha ao lado da cama, lá esta a garrafa de vinho com um pouco menos da metade visível pelas frestas de luz que entram pela janela. Não havia percebido o quanto tinham bebido até ver aquilo, e ao ver aquilo veio uma vontade matadora de mijar!

 

O medo aparece mais uma vez! Como ir até o banheiro agora? Ele fica matutando, pensando consigo mesmo se conseguiria enfrentar o medo e caminhar os longos dois passos até o banheiro. Tenta se levantar, mas o pavor vence, e a vontade aumenta. Ele tem uma idéia fazer na garrafa de vinho! Já tá paga mesmo, é só mijar e de manhã jogar fora! Alias, a manhã! Já deve estar chegando para me ajudar a me aliviar, ele olha o relógio do celular e vê que são 3h57! Ainda faltam pelo menos umas 3 horas para amanhecer, assim não vai dar pra segurar!

A garrafa deve servir. Ele a pega e vai levando para perto do seu pinto, rápido e fácil… Mas e se ela acordar como ele vai explicar isso?!? Ela vai ficar confusa e uma segunda noite nunca mais… Mas a vontade aumenta. Já está difícil de segurar… ele vai fazer… não vai… vai… não vai… vai… não vai… após alguns segundos de agonia ele pega a garrafa e a deixa em cima da mesinha.  Ele pensa em se levantar, mas antes uma última olhada em sua musa, para dar sorte ao enfrentar o perigo… Ele a olha e a beija…

– Que horas são? – ela pergunta

– Nossa! Não queria te acordar!

– Não tem problema… Mas, que horas são mesmo?

– Umas quatro, eu tava pensando em ir ao banheiro…

– Ah, posso ir primeiro?

– Pode sim, amor! – e ela vai

Assim que ela sai da cama ele vai atrás, ela acende a luz do banheiro e ele vê que não há nada de diferente no quarto. Pensa, como eu sou ridículo! Ela termina e ele rapidamente vai atrás, finalmente se alivia. Quando sai deixa a luz do banheiro acesa.

– Amor, você pode apagar essa luz, assim eu não consigo dormir…

– Mas, tem um monte de coisas jogadas no chão, posso bater em uma delas…

– Eu não bati em nada quando fui, você tem medo do escuro?

– Não, não, eu apago, sem problemas!

Rapidamente ele atravessa o quarto e se joga na cama. Ela se dá um último beijo, lhe deseja boa noite e rapidamente cai no sono.

Ele não consegue mais dormir durante a noite toda.


Os números de 2010

Os duendes das estatísticas do WordPress.com analisaram o desempenho deste blog em 2010 e apresentam-lhe aqui um resumo de alto nível da saúde do seu blog:

Healthy blog!

O Blog-Health-o-Meter™ indica: Este blog é fantástico!.

Números apetitosos

Imagem de destaque

Um Boeing 747-400 transporta 416 passageiros. Este blog foi visitado cerca de 1,700 vezes em 2010. Ou seja, cerca de 4 747s cheios.

 

Em 2010, escreveu 5 novo artigo, aumentando o arquivo total do seu blog para 15 artigos. Fez upload de 22 imagens, ocupando um total de 4mb. Isso equivale a cerca de 2 imagens por mês.

O seu dia mais activo do ano foi 12 de janeiro com 30 visitas. O artigo mais popular desse dia foi Imagine there´s no Heaven.

De onde vieram?

Os sites que mais tráfego lhe enviaram em 2010 foram twitter.com, google.com.br, facebook.com, umgrama.blogspot.com e google.pt.

Alguns visitantes vieram dos motores de busca, sobretudo por apocalipse, imagine, elvis presley, joe gould e fotos do apocalipse

Atracções em 2010

Estes são os artigos e páginas mais visitados em 2010.

1

Imagine there´s no Heaven maio, 2008
13 comentários

2

Para todas as outras coisas existe Mastercard… Mas só se for do Citibank! abril, 2008
7 comentários

3

O Rei. agosto, 2010
1 “Like” no WordPress.com,

4

O Segredo de Joe Gould abril, 2008
1 comentário

5

Let Me Roll It novembro, 2010
2 comentários


2011

DECISÕES PARA O ANO NOVO

Decidi que vou fazer o programa mais incrível da história da TV. E que conseguirei ser mais líder de audiência que jogo do Brasil… digo, do Flamengo e muito bem-vindo pela crítica. E decidi que, apesar disso, não vou fazer pose desconfortável para a “Quem” ou dizer para um programa de fofocas que “Fulano é um fofo” ou que “Beltrana é superquerida” e/ou que “Ciclano não é gay”. E ele não será um Reality show. E muito menos em 3D.

Decidi que meu livro vai enfim sair do teclado e ganhar as prateleiras. Que vai conter diálogos mais elaborados que os de Aldous Huxley, mais espontâneos que os de J. D. Salinger, mais gozados que os da Bruna Surfistinha e, ao contrário dos escritos pelo Paulo Coelho, serão em português, mas também se eu quiser em inglês, ou italiano, ou espanhol, não privarei ninguém de ler minha obra prima. E decidi que essa obra vai me dar o Nobel, além de uma cadeira extra colocada na ABL especialmente para mim. Na cabeceira, é lógico. E ainda serei o primeiro “imortal” a usar o fardão de verão, com direito a bermuda, mangas curtas e, claro, havaianas, ou uma camiseta dos Beatles, calça jeans e All Star.

Decidi que durante minha entrevista no David Letterman, responderei: “Hemingway who?”. E para o Jô: “Com licença. Sou eu quem está falando”, ou senão lhe peço umas doses de cachaça. E para a Luciana Gimenez… não, ainda não é bom ir na Luciana Gimenez.

Decidi que meus desenhos serão descobertos por um olheiro à Andy Warhol, e que os museus de todo o mundo retirarão os quadros do Da Vinci das paredes para que dêem lugares aos meus. Assim como minhas esculturas, que encherão Roma, no lugar das obras de Michelangelo (só não vou apagar o teto da Capela Sistina, porque realmente ficou bonito, bom trabalho Mick!).

Decidi reinventar todas as teorias a respeito de buracos-negros e provar cada uma delas, fazendo Stephen Hawking saltar de sua cadeira. Aliás, provar que o Stephen Hawking não precisa de uma cadeira vai me render um Pulitzer, além do que, vou provar que a viagem no tempo é possível e a farei, em grande estilo, em um DeLorean assim como Marty McFly.

Decidi pensar novos pensamentos, daqueles que fariam Platão desejar sua caverna e Kierkergaard repensar seu “conceito de ironia”.

Decidi que vou ser igual a Brad Pitt. Fisicamente, quero dizer. Ainda que pra isso tenha que passar por uma breve cirurgia plástica, e assim talvez roubar a mulher dele.

(Ok, talvez não tão breve.)

Decidi que, financeiramente, vou bater Bill Gates. E com esse dinheiro, farei coisas mais excêntricas que apenas inserir joguinhos secretos nas planilhas do Excel. Ou seja, decidi que comprarei um pequeno país e la promoverei festas com Led Zeppelin ao vivo.

Decidi que, graças a um curso de teatro, serei contratado para a próxima franquia de sucesso. Acima de todos os “Batman”, “Homem-Aranha”, “Harry Potters”, Star Wars e “Senhor dos Anéis” que estão por aí. Decidi que, como escritor vencedor do Nobel, vou dar palpites no roteiro e tornar o filme de estréia o mais cotado para o Oscar. E que Charlie Kaufman vai me pedir uma dica ou outra para o seu próprio. Com isso vou ganhar as estatuetas de Melhor Ator e, claro, Roteirista (se bem que essas, só na cerimônia de 2012). E além de James Cameron, George Lucas, Steven Spielberg, Chris Nolan, Martin Scorsese entre outros vierem limpar o chão que eu piso. E atores, como Daniel Day Lewis, Viggo Mortensen, Leonardo de Caprio, Natalie Portman, Charlize Theron me implorem por um papel no meu próximo sucesso.

Ah, claro: minha campanha para o lançamento do blockbuster receberá um Leão de Titânio em Cannes.

Decidi que serei tão galanteador quanto o Indiana Jones, tão competitivo e vencedor como Ayrton Senna, tão correto quanto a Madre Teresa de Calcutá. Mas, decidi que vou me casar com a Maria Sharapova. E ela vai me amar incondicionalmente e querer me dar parte do seu suado dinheiro, que educadamente recusarei por que não precisarei de esmola. Maria, sua linda!

Decidi que Kate Winslet será minha amante. E/ou a Penélope Cruz. E/ou a Alícia Silverstone. E/ou a Angelina Jolie. E/ou a Emma Watson. E/ou a Jeniffer Aniston. Não só essas. Não necessariamente nessa ordem. Não necessariamente uma de cada vez. E decidi que o amor delas por mim será sincero, tão sincero que aceitarão umas as outras sem reclamar.

Se não for sincero, comprarei um que seja.

Decidi que meu poder de persuasão será tanto, que não vai subir ninguém. Nem o Coronel Nascimento. Que aliás, me pediu para sair. Frouxo…

Decidi que vou descobrir o moto-contínuo, a cura do câncer, da AIDS e a solução para acabar com a fome na África, no Brasil e onde mais houver. Que um de meus discursos selará a paz entre judeus e palestinos. Entre gregos e troianos. Decidi também que acabarei com outras pragas da humanidade como o Restart, o Pagode e o Funk carioca. Além de provar de uma vez por todas, para todos os argentinos, que Pelé foi melhor.

Também decidi que vou encontrar Osama Bin Laden, descobrir o criador das “bonecas da morte” e achar a ilha para onde foram Elvis, Ulysses Guimarães, James Brown, Saddam Hussein, Michael Jackson, Jack, Kate, Sawyer, Locke, Sayid e Hurley.

Decidi que provarei de uma vez por todas que Paul McCartney não morreu e ainda o verei de novo, e de novo, e de novo.

Decidi que vou começar um negócio numa área inovadora, nunca imaginada, que vai fazer o YouTube parecer artesanato hippie, que vai fazer o Facebook parecer um díario de uma adolescente revoltada, o twitter apenas um panfleto de pizzaria. E se você não faz ideia do que estou falando, é sinal de que estou no caminho certo.

Enfim… não sei o que você decidiu fazer em 2011, mas ao que parece, ser meu amigo será uma grande idéia.

Feliz Ano Novo!!! E mesmo que você saiba que não vai poder realizar tudo que deseja a partir de 1 de janeiro, pelo menos tome as decisões corretas.

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Esse texto eu peguei na Internet há muito tempo, nem lembro onde. Dei uma modificada e coloquei aqui. Talvez ainda esteja muito cedo para pensar nisso, talvez não.


Let Me Roll It

Como mensurar a adoração? Como expressar o amor que eu tenho pelas composições, pelas palavras, pelos acordes?

No último domingo, consegui realizar um sonho. Foi cansativo, caro e sofrido. Mas, valeu. Valeram as noites sem sono. Valeu cada centavo. Valeu cada gota de suor.

Valeram todas as lágrimas daquela noite. Tanto as de pura felicidade, quanto as de saudade pelos que eu nunca poderei ver.

Foi o show da minha vida e de mais de 64 mil pessoas no mesmo dia.

Diante disso, só tenho uma coisa a dizer: “Thanks, Paul, We Love You! Yeah, Yeah, Yeah!”


Por que a América adorou o Cavaleiro das Trevas?

(Introdução: Esse texto eu fiz em 2008 para um website de entretenimento, como na época foi publicado e eu também gostei, eu alterei algumas coisas e decidi postar aqui.)

Grandes filmes são reconhecidos por seu impacto, por sua inovação ou pela sua renda. E foram lançados em tempos que a humanidade poderia ou não estar vivendo seus melhores momentos e isso sempre reverbera na sétima arte. A trilogia antiga de Star Wars, por exemplo, data de um tempo em que a maioria dos países da América Latina eram ditaduras, e no filme temos o Império Galáctico. Em Laranja Mecânica, de 1971, Stanley Kubrick nos antecipa o movimento punk, misturando o erudito de Beethoven com o novíssimo Heavy Metal daquele tempo, além da Guerra Fria, o Vietnã e as greves inglesas.

E em 2008, qual é o cenário histórico que fez um fenômeno passar pelos cinemas? E mais, o que fez os americanos darem uma espetacular receita a O Cavaleiro das Trevas? Lógico, além da mística do personagem que tem mais de 70 anos de quadrinhos e das cenas em IMAX.


Pode cair na mesmice, mas ainda vivemos a sombra do 11 de setembro de 2001, e acho que, a partir do que aconteceu, sempre estaremos sob essa sombra, do terrorismo e do medo, principalmente os ricos (hoje em dia nem tão ricos assim) americanos. Mas, o que uma coisa tem a ver com a outra?

Vamos lá, os americanos se acostumaram tanto com um padrão de vida muito acima da media mundial, que isso quase que acabou tirando eles da realidade mundial e os levando a se acomodarem. A realidade alternativa que eles vivenciam é muito bonita, que mesmo que você não vire presidente, senador, o Warren Buffett, ou algo assim você ainda tem acesso a coisas fantásticas, como um emprego que vai ter dar um certo luxo e, no mínimo uma casa própria (se bem que ela vai estar hipotecada).

O problema é que em uma sociedade tão medíocre (e eu digo isso no sentido puro da palavra) como a americana, qualquer distorção, seja ela boa ou ruim, é exaltada. O Batman, mesmo com todos as suas loucuras e problemas é um ser humano comum, só com os recursos “ilimitados” da família Wayne, uma coisa tipicamente americana (vide Tio Patinhas ou Bill Gates). Os vilões do filme, com suas loucuras à parte, são também frutos do american way of life, ou seja, todos eles têm acesso a poder de fogo destrutivo como bons texanos. Reparem nos filmes de zumbis. Conseguir uma arma para estourar as cabeças deles é como ir comprar pão.

Esse é o ponto em que os americanos sentem mais medo. Eles têm medo que os criminosos criados por eles mesmos, consigam recursos suficientes para causar estrago, e com isso voltamos ao 11 de setembro e a “cria” americana do Afeganistão, Osama Bin Laden, ou mesmo o atentado de Oklahoma em 1995, ou o massacre de Virgina Tech em 2007 . No filme, isso é retratado pelos mafiosos, podres de ricos, inescrupulosos, assassinos e com negócios até em Hong Kong.


Com isso, temos o famoso confronto, bem x mal. Fora à Mulher-gato (nos quadrinhos, ela não está no filme), ou o cara é bom ou é mal, ou Deus ou o Diabo. E o mal, hoje em dia, são os terroristas, como o Coringa no filme.

A partir disso, as explosões, os carros destruídos, as brigas são só parte do jogo, são só demonstrações exacerbadas da vida real. E, mesmo com medo, os americanos ainda gostam de violência, dos estranhos e dos monstros, o Iraque está ai para mostrar isso.



O Rei.

A “reinauguração” deste blog ocorre na efeméride que marca os 33 anos da morte de Elvis Presley, sendo assim, decidi escrever sobre ele, e o impacto que ele teve em minha vida e na de bilhões de pessoas espalhadas no mundo.

Eu não me lembro da primeira vez que o ouvi cantar e tocar, nem da primeira vez que o vi mexer suas tão famosas pélvis. Ele sempre esteve em minha vida. Desde o útero, minha mãe me fala que sempre assistia os filmes dele quando estava grávida.

Eu me lembro de quando comecei a ter consciência de quem ele era vendo um remake do clip de “Blue Suede Shoes”, tive a extrema certeza de que ele foi um do melhores quando ouvi pela primeira vez “Suspicious Minds”.

Eu, como velho roqueiro que sou, me rendo a um dos pioneiros deste ritmo, um ídolo dos meus maiores ídolos. Ao Rei do Rock.

“Antes de Elvis não existia nada. Nós (os Beatles) sempre quisemos ser maiores que Elvis porque ele era o maior.” – John Lennon


Retomando as ações

Tenho esse blog inutilizado há tempos e decidi voltar com ele. Então aguardem por novidades.